sábado, 10 de agosto de 2024

Histórias e Curiosidades dos Transportes - Frota F do Metrô de São Paulo

 


Frota F do Metrô de São Paulo




Frota F do Metrô de São Paulo é uma série de TUEs, modelo Metropolis, fabricados conjuntamente pelas empresas AlstomCAF e Siemens[ entre os anos de 2001 a 2002, adquiridos pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos para compor a frota nova de veículos que prestariam serviços na Linha 5 - Lilás, que atenderia a Zona Sul paulistana


História


Projeto e licitação



Durante o projeto de implantação da primeira fase da Linha 5 entre Capão Redondo e Largo Treze, a CPTM lançou o processo de licitação internacional nº 83578/1999 em 16 de junho de 1999, visando a aquisição de oito trens/quarenta e oito carros com orçamento máximo previsto de US$ 289.219.426,00. O processo de licitação foi dividido em duas fases: a pré-qualificação de empresas interessadas em participar da licitação e a apresentação de propostas de fornecimento. Segundo dados da CPTM, sessenta e oito empresas retiraram o edital de licitação. Na primeira etapa, se apresentaram para a pré-qualificação as seguintes empresas/consórcios:

Consórcios e empresas que se apresentaram na pré-qualificação
ConsórcioFabricanteAvaliação da comissão de licitação da CPTM
Consórcio Metrô CincoT'Trans S/A
PEM Engenharia S/A
Ansaldo Transporti S.p.a
Habilitado
Consórcio SICAFSiemens
Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles
Inabilitado por problemas de financiamento
Consórcio MKBMitsubishi
Kawasaki
Bechtel
Inabilitado por problemas de financiamento
-AdtranzInabilitado por problemas de financiamento
-AlstomHabilitado
-BombardierInabilitado por problemas de financiamento e falta de experiência comprovada em fornecimentos similares.
-MitsuiInabilitado por falta de experiência comprovada em fornecimentos similares.

Após uma série de recursos jurídicos das empresas inabilitadas (e a desistência das empresas Bombardier, Mitsui e do Consórcio MKB), a comissão de licitação da CPTM reavaliou as propostas e habilitou as empresas/consórcios:


Consórcios e empresas habilitados (após recursos)
ConsórcioFabricanteAvaliação da comissão de licitação da CPTM
Consórcio Metrô CincoT'Trans S/A
PEM Engenharia S/A
Ansaldo Transporti S.p.a
Habilitado
Consórcio SICAFSiemens
Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles
Habilitado (após recurso)
-AdtranzHabilitado (após recurso)
-AlstomHabilitado


Após a habilitação das empresas, a CPTM marcou a apresentação das propostas (técnica+financeira) para o dia 12 de junho de 2000. Em 18 de maio a ADTranz comunicou sua desistência do processo de licitação. No dia seguinte, o Consórcio SICAF (Siemens e Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles) e as empresas Alstom e Adtranz solicitaram para a CPTM autorização para formar um novo consórcio entre as empresas. O novo consórcio foi chamado de "Sistrem". Por regra do edital, a CPTM deveria notificar o consórcio restante (Metro Cinco) e aguardar a resposta do mesmo sobre a criação do novo consórcio. No entanto, a CPTM apenas notificou o consórcio Metro Cinco e autorizou a formação e participação do Sistrem na licitação. Em 12 de junho de 2000 foram apresentadas as propostas:


Propostas
ConsórcioEmpresasValorNota de avaliação técnicaNota de avaliação financeiraNota final (NT + NAF/2)
Consórcio Metrô Cinco*T'Trans S/A
*PEM Engenharia S/A
*Ansaldo Transporti S.p.a
US$ 298.056.198,4878,8596,9089,68
Consórcio Sistrem*Alstom
*Adtranz
*Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles
*Siemens
US$ 288.817.154,5994,910097,96


A CPTM declarou a proposta do consórcio Sistrem vencedora. Mais tarde esse processo de licitação foi a base para a investigação do Escândalo das licitações no transporte público em São Paulo. O primeiro trem foi entregue pela Alstom para a CPTM em 14 de fevereiro de 2002.


Operação


A primeira fase da linha 5-Lilás do Metrô, construída pela CPTM (e projetada pela Ferrovia Paulista S/A como Ramal do Campo Limpo , foi inaugurada em outubro de 2002, ligando o distrito de Santo Amaro ao do Campo Limpo.

Como foi construída pela companhia de trens, a alimentação elétrica da linha foi feita em catenária, contra o terceiro-trilho presente nas demais linhas de metrô. Além disso, para "possibilitar à CPTM ingressar na economia de escala mundial e renovar o material rodante de modo mais dinâmico e rápido"  a bitola adotada foi a internacional, de 1.435 mm, outra novidade, uma vez que as linhas 1, 2 e 3, mais antigas, possuem bitola larga, de 1.600 mm. Com todos esses diferenciais mais alguns outros, que serão discutidos na próxima seção, a CPTM encomendou os 8 trens da Série 5700[ , posteriormente renomeada pelo Metrô para Frota F.

No ano de 2017, com a entrada em operação do sistema de sinalização CBTC e da Frota P, foram retirados de circulação para modernização tecnológica,devido à sua inferioridade em quantidade] e qualidade[(a qual vinha se degradando com a crescente exigência feita sobre a pequena frota[). Essa troca de frotas foi necessária devido à impossibilidade de operar mais de um sistema de sinalização ao mesmo tempo, cabendo ao Metrô a escolha entre manter os 8 trens da velha frota (que operava somente com o ATC[ e deixar os 26 novos trens já entregues parados no pátio ou retirar os antigos e modernizá-los, enquanto a série nova suportava a crescente demanda da linha.

No ano de 2018, com a concessão da linha, foram gradativamente repassados à ViaMobilidade e, em 2019, começaram a ter sua pintura modificada para condizer com a nova operadora. No ano de 2020, segundo fala do Secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, 50% da frota já havia sido entregue à concessionária,com os trens realizando testes noturnos do CBTC na linha. Em 12 de dezembro de 2020, a Frota F finalmente retorna à operação, 3 anos depois de ter sido paralisada para sua modernização. Porém, segundo reportagem de 22 de novembro de 2022, somente metade da frota prestou serviços a partir de seu retorno operacional, devido a possuírem "algumas especificidades técnicas em relação ao desempenho que ainda estão em processo de evolução pelo fornecedor do sistema de sinalização", conforme a concessionária.


Expansão da linha



A frota F é o menor conjunto de trens de todo o sistema metroviário, contando com somente oito composições. Até 2017, com a entrada da Frota P em operação, foram os únicos trens circulantes no ramal.

governo de São Paulo concluiu e entregou, em 2018, a extensão da linha até a estação Chácara Klabin, com conexão à Linha 2-Verde[ no entanto, a expansão, além de incentivar o fluxo de pessoas entre as estações do trecho inicial (Capão Redondo - Largo Treze), que já sofria, em certas ocasiões, de superlotação  previu-se que a integração elevaria ainda mais a quantidade de passageiros transportados, tornando os oito trens insuficientes para suprir a crescente demanda operacional. Em função disso, o Governo do Estado adquiriu uma nova leva de trens de última geração e com especificações compatíveis com a linha, conhecida como Frota P, em 2011. A empresa ganhadora da licitação para a construção desses novos veículos foi a espanhola CAFConstrucciones y Auxiliar de Ferrocarriles, que realizou a entrega dos novos trens a partir de 2013  cerca de quatro anos antes da conclusão das primeiras estações do trecho novo da linha (Alto da Boa Vista - Brooklin). Em 2018, com o repasse da linha para a iniciativa privada, ambas as frotas tiveram sua identificação visual refeita[ passando para o padrão da nova empresa.

Com o início da operação da nova frota, os oito trens foram retirados de circulação para modernização do sistema de sinalização embarcado, retornando à operação somente em dezembro de 2020.



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