quinta-feira, 11 de junho de 2020

Azul volta a Guarulhos e outras cinco cidades em julho, ampliando 23 rotas



Com a consolidação dos novos protocolos de higiene e oferecendo alternativas a quem precisa se locomover entre cidades, a Azul informa que retoma, em julho, suas operações em Guarulhos (SP), Marília (SP) e Maceió (AL), no dia 06, seguidas de João Pessoa (PB) e Maringá (PR), no dia 13, e Porto Seguro (BA), no dia 21 de julho.

Ao todo, a Azul deve operar 242 voos diários em dia-pico em julho, o que representa um acréscimo de 42% frente à malha que está sendo operada neste mês. As passagens para os novos voos já estão disponíveis em todos os canais oficiais da companhia.

Incluindo a reabertura das seis bases, a Azul deve retomar 23 novas ligações até julho, com destaque para as rotas inéditas Santos Dumont-Recife e Santos Dumont-Cuiabá, ampliando para oito o número de cidades servidas a partir do SDU.

Em Belo Horizonte, a companhia volta a oferecer ligações diretas para Guarulhos, Recife, Salvador, Brasília, Porto Seguro e Belém, chegando a cerca de 20 voos diários.

O Recife terá voo direto para o Rio, Teresina, João Pessoa, Maceió, Guarulhos e BH, fazendo com que o centro de conexões do Nordeste chegue, em média, a 22 decolagens por dia.

Já Manaus volta a ser conectado com Belém e Porto Velho, enquanto Cuiabá receberá importantes incrementos para Campo Grande, Guarulhos e Rio.

Principal base operacional da Azul no país, Campinas voltará a ter operações para Porto Seguro, Maringá, Sinop, Chapecó e Marília, além do aumento de capacidade nas decolagens para Bauru, já que essa cidade do interior paulista, que tem operado voos com as aeronaves modelo Cesna Gran Caravan, para nove passageiros, passará a receber operações com o ATR 72-600, que comporta até 70 pessoas.

Com as adições, o aeroporto campineiro terá 62 voos diários para 33 destinos, reforçando um dos principais diferenciais da Azul: a conectividade.

Informações oficiais da Azul

Após divórcio, GOL negocia com a Delta adiamento de dívida bilionária

A GOL e a Delta Air Lines estão novamente à mesa para negociar uma dívida bilionária da empresa brasileira com a companhia aérea americana.


Segundo a Bloomberg, a GOL estaria negociando um adiamento de uma dívida de US$300 milhões de dólares, equivalente a R$1.49 bilhões em valores atuais.

A Delta foi colocada como credor da Gol no empréstimo, que vence em agosto próximo. O financiamento foi tomado em agosto de 2015, com uma taxa de juros de 6,5% ao ano, tendo como agente financeiro o Morgan Stanley, terceiro maior banco de investimentos do mundo.

Como garantia, a GOL deu as ações ordinárias (com direito a voto) da Smiles. Vale lembrar que a GOL tem planos e trabalha para incorporar novamente a Smiles à sua estrutura. O programa de milhagem, por anos, foi um grande gerador de caixa para a companhia aérea.

No último relatório para investidores da GOL, de maio, foi afirmado que a GOL estava planejando pagar em dia este empréstimo de $300 milhões, e no mês seguinte pagar os $25 milhões (R$134 milhões) de juros.

Já a Delta afirmou no relatório do primeiro trimestre que a GOL não tinha acionado a empresa na época, mas que existia um risco elevado da brasileira não conseguir honrar seus compromissos.

Porém, muito mudou desde o início do empréstimo: a Delta rompeu com a GOL após comprar 20% da LATAM, que entrou em Recuperação Judicial. E, nos últimos meses, a pandemia só piorou a situação financeira de ambas as empresas.

Segundo a agência de risco Moody’s, a GOL teria, no final de abril, em torno de R$3,5 bilhões de reais em caixa. E agora estaria negociando para postergar o pagamento deste empréstimo, que consumiria praticamente metade do seu caixa.


Urbs faz mapeamento do uso do transporte coletivo por setor




A Urbanização de Curitiba (Urbs) está fazendo um mapeamento do uso do transporte coletivo de Curitiba por setor. O estudo servirá para elaborar, com entidades representativas dos três segmentos, um escalonamento de horários, evitando aglomerações nos ônibus da capital para conter a propagação da covid-19.

“Estamos cruzando os dados do CNPJ das empresas e os cadastros por segmento com a utilização do vale- transporte pelos funcionários. Isso vai nos dar um panorama de que segmentos estão concentrando o fluxo de passageiros nos horários de pico", explica o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.

"A partir desse diagnóstico, poderemos traçar uma estratégia conjunta para evitar a lotação nos ônibus e garantir segurança ao usuário”, diz.

O assunto será discutido na próxima sexta-feira (12/6) em reunião da Urbs com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Associação Comercial do Paraná (ACP) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) e a Coordenação da Região Metropolitana (Comec). Na última sexta-feira (5/6) foi realizada uma reunião com a ACP para reforçar a necessidade de o comércio respeitar os horários alternativos de funcionamento – das 10h às 17h para as lojas de rua e de 12h às 20h para os shopping centers.

Apesar de funcionar com folga – a frota de ônibus está em 80% e o movimento de passageiros em 35% do normal – os horários de pico da manhã e da noite passaram a registrar forte movimento com a reabertura do comércio.

“Temos que discutir de maneira ampla, com os diversos setores, medidas flexibilizar os horários de funcionamento e por consequência de entrada e saída dos funcionários. A reabertura é essencial para a economia, mas evitar a propagação da doença, especialmente agora com as temperaturas mais baixas, é uma responsabilidade que precisa ser partilhada também pelos empresários”, afirma Maia Neto.

Região Metropolitana

De acordo com o presidente da Comec, Gilson Santos, o pico no número de usuários no transporte metropolitano é no início da manhã, com o movimento das pessoas que usam o ônibus para trabalhar em Curitiba. Mas depois das 8h esse fluxo reduz para menos da metade.

“Com um pequeno esforço, flexibilizando horários, o usuário vai encontrar um sistema totalmente diferente dos horários de pico e é essa compreensão que precisamos que todos tenham. Mas, infelizmente, não é o que estamos observando. Os patrões não estão olhando com a devida atenção neste momento de pandemia para estas pessoas”, disse Santos.

Nesta semana, a Urbs fez mais um reforço de frota do transporte coletivo de Curitiba. Desde segunda-feira (8/6) foram colocados mais cinco ônibus biarticulados na linha Pinheirinho-Rui Barbosa, a partir das 17h, além de mais veículos nas linhas Rio Bonito, Rio Bonito-CIC e Dalagassa. Somente na linha Pinheirinho-Rui Barbosa, a frota será ampliada em 33%.

Com a reabertura dos shoppings, no último dia 25/5, a Urbs já havia ampliado de 65% para 80% o uso da frota de 1,5 mil veículos. A linha Inter 2 passou a funcionar com 100% da frota nos dias úteis. As linhas expressas Pinheirinho-Rui Barbosa, Santa Cândida-Capão Raso e Circular Sul operam com 90% da capacidade nos horários de maior movimento e as linhas alimentadoras, que atuam na região Sul da cidade, trabalham com 100% no horário de pico. Também foi feito o reforço na linha Boqueirão-Centro Cívico nos picos da manhã e da noite.

Outras medidas

Para evitar aglomeração, a Urbs já tomou uma série de medidas. Os ônibus das principais linhas só podem sair dos terminais com lotação máxima de 50%.

Todos os terminais têm marcações para que os passageiros mantenham uma distância de, no mínimo, 1,5 metro entre si e há distribuição de folders com orientações sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras, necessidade de manter o distanciamento e as janelas abertas nos veículos.

A recomendação é que os passageiros utilizem álcool gel. Grupos de risco também só devem utilizar o sistema de transporte em caso de necessidade e de preferência fora do horário de pico.

Cartazes, faixas e painéis eletrônicos nos ônibus também trazem informações sobre a prevenção da covid-19.

Fiscais e agentes da Guarda Municipal fazem o trabalho de orientação, que ganhou também o apoio do Exército desde 14 de maio.

A força-tarefa, que conta com a participação de 80 soldados, está concentrada – entre 5h30 e 8h30 – nos principais terminais (Pinheirinho, Santa Cândida, Cabral, Centenário de Boqueirão). No fim do dia, entre 16h30 e 19h30, a cooperação entre Prefeitura e Exército é nas estações-tubo nas praças Carlos Gomes, Rui Barbosa e na estação Central.

Tarifa do metrô do Rio fica mais cara a partir desta quinta-feira




O valor da tarifa do metrô do Rio ficou mais caro a partir desta quinta-feira (11). Ele foi reajustado de R$ 4,60 para R$ 5.

O reajuste havia sido autorizado em fevereiro pela Agetransp e deveria ter entrado em vigor em abril. No entanto, o governo do estado e o MetrôRio decidiram adiar para junho o aumento da tarifa por causa da pandemia de coronavírus.

O MetrôRio destacou que, até o dia 30 de junho, quem fizer a recarga do cartão Giro pelo aplicativo ou no site da empresa continuará pagando o valor antigo, de R$ 4,60. A medida é um estímulo para que as pessoas evitem manusear o dinheiro físico.

Ministério Público pede que ônibus cumpram decreto estadual sobre lotação do transporte em Porto Alegre



O Ministério Público do Rio Grande do Sul entrou com uma ação civil pública pedindo que a Prefeitura de Porto Alegre cumpra o que é determinado no decreto estadual sobre a ocupação dos ônibus e número de linhas oferecidas durante a pandemia de coronavírus.

O pedido foi expedido em caráter de urgência e expõe que as ações da prefeitura sejam readequadas em no máximo dois dias, a partir da decisão da Justiça, que ainda não ocorreu.

Em nota, a Procuradoria-Geral do Município disse que a prefeitura de Porto Alegre foi surpreendida pela ação proposta pelo Ministério Público Estadual, e que essa ação não seria embasada em nenhuma evidência científica nem epidemiológica. Veja manifestação completa abaixo.

Os ônibus da Capital têm circulado conforme decreto municipal que autoriza que os veículos rodem com todos os assentos ocupados e mais 10 passageiros em pé, nos ônibus comuns, e 15 nos articulados.

Já o decreto do governador Eduardo Leite, determina que o transporte coletivo e metropolitano não pode rodar com mais de 60% de ocupação.

O Ministério Público recebeu denúncias que afirmavam que os ônibus da Capital estariam transportando mais passageiros que o permitido, por isso, a ação pede adequação na forma de operação.

Segundo os promotores, a ação foi motivada também pelo agravamento, esta semana, dos índices epidemiológicos da Covid-19 em Porto Alegre.

A ação civil pública ainda orienta que a administração do município fiscalize e oriente se as determinações estão sendo cumpridas.

"O MP pede ainda que o Município de Porto Alegre passe a orientar e a fiscalizar o cumprimento das determinações legais vigentes, especialmente sobre a lotação admitida e itens como a informação adequada aos usuários nas paradas e terminais, com marcações no chão, caso necessário, para garantir o distanciamento interpessoal, ventilação dos veículos e sua higienização, além do uso de máscaras, sob pena de multa diária a ser fixada pela Justiça", diz o documento.

A PGM destaca que o município realiza sistematicamente ações de fiscalização nas operações de transporte coletivo em Porto Alegre. Entre 18 de março e 5 de junho deste ano, mais de 700 veículos foram autuados devido ao não cumprimento de tabela horária e excesso de passageiros.

Já a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) informa que estão sendo aplicadas rigorosamente as regras estipuladas no Decreto Municipal. A ATP ainda afirmou que "as empresas de ônibus têm feito avaliações diárias, junto à EPTC, para readequar linhas e horários, conforme a demanda".

Nota da Procuradoria-Geral do Município de Porto Alegre

A prefeitura de Porto Alegre foi surpreendida pela ação proposta pelo Ministério Público Estadual na data de ontem, uma vez que em audiência de mediação que envolveu Procuradoria-Geral do Estado, Metroplan, Procuradoria-Geral do Município, o Secretário Extraordinário de Mobilidade e o próprio MP, foi demonstrado que o município vem adotando todas as medidas para conter o avanço do coronavírus na cidade. O decreto municipal que trata do transporte coletivo, neste sentido, atende aos requisitos técnicos que integram a estratégia de segurança sanitária e epidemiológica traçada pelo município desde março deste ano, e que tem se mostrado eficiente até o momento.

Destaca-se ainda que a ação proposta pelo Ministério Público não apresenta nenhuma evidência científica que embase, nem epidemiológica, nem relativo à situação específica da mobilidade urbana. A prefeitura sempre se dispôs, como vem fazendo ao longo dos últimos meses, a dialogar com base em critérios técnicos visando atender o objetivo prioritário de proteção da saúde da população de Porto Alegre e sempre colabora com toda demanda do MP. Para exemplificar, o município identificou o recebimento, nos últimos 12 meses, 4.844 notificações, entre ofícios, recomendações, pedido de informações e outros dos Ministérios Públicos Estadual, Federal, do Trabalho e de Contas. Dentre esses, 4.152 do Ministério Público Estadual. Somente sobre a pandemia, foram 169 notificações dos Ministérios Públicos diretamente vinculadas a políticas públicas e atos municipais de combate à COVID-19, sendo 98 do Ministério Público Estadual, algumas delas, inclusive, com objeto idêntico ou semelhante, oriundas de Promotorias diferentes.

É necessário frisar que não há espaço nesse momento de pandemia para disputas desnecessárias ou busca por eventuais protagonismos. Neste sentido, registra-se o diálogo responsável promovido pelo Poder Judiciário, que nesta quarta-feira realiza audiência de conciliação com o propósito de examinar a crise do transporte público e suas repercussões.

O município realiza sistematicamente ações de fiscalização nas operações de transporte coletivo em Porto Alegre. Apenas entre 18 de março e 05 de junho deste ano, um total de 7845 viagens de ônibus urbanos e 887 metropolitanos foram fiscalizados. Mais de 700 veículos foram autuados neste período devido ao não cumprimento de tabela horária e excesso de passageiros. Nossas decisões são e continuarão sendo embasadas em critérios e evidencias científicas.

Prefeitura propõe elevar subsídio a empresa do transporte para evitar alta na tarifa em Limeira




A Prefeitura de Limeira (SP) informou que vai enviar à Câmara um projeto para conceder um complemento no subsídio financeiro que paga à SOU Limeira, do grupo Sancetur, empresa que opera o transporte urbano da cidade.

A previsão é pagar à viação um valor entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão, enquanto durar a pandemia do novo coronavírus, para cobrir o déficit nas contas da empresa devido à redução de passageiros durante a quarentena.

A medida, segundo o governo municipal, foi adotada para evitar um aumento na tarifa, uma vez que a viação pediu um reajuste dos atuais R$ 4,50 para R$ 12,88.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira (9), a SOU Limeira anunciou que solicitaria formalmente o reajuste tarifário "tendo em vista o desequilíbrio econômico financeiro" iniciado em março, com a pandemia.

"Com a redução de circulação no transporte coletivo, houve uma redução de 80% no número de passageiros transportados. Sendo assim, não há como suportar e manter o funcionamento da operação do transporte coletivo no município de Limeira se não houver a liberação do reajuste tarifário", diz trecho do comunicado.

Secretário de Negócios Jurídicos, Daniel Campos afirmou que a possibilidade de aumento da tarifa neste momento foi descartada pela prefeitura, devido à crise econômica provocada pela pandemia.

"Contudo, a empresa, de fato, até em razão da pandemia, isolamento social, não está arrecadando 15% do que arrecadava. Mesmo com redução da frota, que reduziu para um terço, a conta não fecha [...] A decisão que foi tomada: não pode aumentar [a tarifa] e não podemos perder a empresa, que tem prestado serviço de qualidade", justifica o secretário.

Ele afirma que a intenção é cobrir apenas o déficit de gastos operacionais, que são as despesas da empresa para atender, como o custo com combustível, mão de obra e manutenção.

"Ao final do mês apura-se quanto custou o serviço e a prefeitura complementaria com essa diferença", explicou. Campos reforçou que seria um repasse realizado apenas durante a pandemia.

Para realizar o complemento financeiro, a prefeitura precisa de aval da Câmara, por isso enviou um projeto de lei com pedido de votação em urgência e espera que o Legislativo avalie a proposta na próxima segunda-feira (15).

Edital

A SOU Limeira opera o transporte da cidade desde fevereiro sem licitação, por meio de um contrato emergencial, que foi prorrogado em maio por mais 180 dias.

Campos afirma que a prefeitura vai encaminhar até o final do mês um Plano de Mobilidade Urbana para votação na Câmara e, com a aprovação dele, espera lançar o edital para contratar uma empresa via licitação até o final do ano.

"Depende de interesse [de empresas], impugnações, mas a meta é até final do ano lançar o edital e no começo do ano que vem ter a nova empresa operando", finalizou.

Fortaleza tem 460 mil embarques a menos durante pandemia



O fluxo de passageiros cearenses entre as cidades do Estado perdeu força no momento em que o novo coronavírus chegou como um risco à saúde presente no ar. Entre março e maio deste ano, pelo menos 466.530 passageiros deixaram de embarcar em ônibus intermunicipais e interestaduais, em comparação a igual período do ano passado, saindo da Capital. Em 2019, foram 661 mil usuários, enquanto durante a pandemia esse total caiu para 194.470, o que representa uma queda de 70,6%. Os dados foram repassados pela Socicam, empresa administradora da Rodoviária de Fortaleza.

Como forma de evitar a propagação do novo coronavírus no Estado, no dia 23 de março foram interrompidas as viagens intermunicipais na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e no interior cearense. Essa medida foi anunciada no primeiro decreto estadual, divulgado no dia 19 de março, e foi flexibilizada no plano de retomada da economia do Governo do Estado. Assim, desde o dia 1° de junho, as linhas que ligam a Capital aos 18 municípios da RMF iniciaram o retorno gradual às atividades.

"Teve um momento que o movimento chegou a zerar quando foi decretado lockdown em outras cidades, então foi melhor parar. Na crise da pandemia foi parado 100% porque o decreto abrange o transporte intermunicipal, mas o interestadual foi afetado também", analisa Newton Fialho, gerente da Socicam.

Ele conta que foi definido um plano de segurança biológica. Dessa forma, há uma logística para desinfecção de ambientes, divulgação de informativos sobre a doença e disposição de totens com álcool em gel. Os funcionários também devem oferecer orientações e exigir o uso de máscaras para a entrada na Rodoviária da Capital.

Os veículos também passam por um processo de maior rigor na desinfecção e são feitas adaptações, como explica Fialho. "Os aparelhos de ar condicionado estão com ciclo 10 vezes mais rápidos do que o comum e isso garante a segurança biológica. Além da distância, como as vendas estão sendo limitadas a 50% do total, tem intervalo entre uma poltrona e outra".

Quem voltou à rotina, já nessa fase inicial, foi a consultora de vendas Cleíza Saturnino, de 42 anos, que mora em Maranguape e depende dos ônibus para chegar ao trabalho em um shopping de Fortaleza. "Nesse momento no qual todo mundo está se adaptando à situação, estão sendo divulgados nas redes sociais os horários dos ônibus. Aí, eu já sei quando ir para a parada".

No início, houve algumas divergências de horários e maior número de passageiros, mas a situação foi normalizada, como Cleíza Saturnino observa. "Todo mundo está tentando fazer a sua parte. Aos poucos, a gente vai voltando à normalidade e se conscientizando do novo até porque a gente precisa trabalhar", reflete.

Durante a interrupção do serviço, a consultora de vendas precisou assinar documentos em Fortaleza e fez o trajeto por meio de aplicativos de transporte. Agora, com a volta da circulação dos ônibus, os cuidados com uso de álcool em gel e de máscaras fazem parte do trajeto e dão maior segurança às viagens.

Impactos

Tereza Gurgel, de 43 anos, trabalha em uma biblioteca de Quixadá, no Sertão Central, onde fica durante a semana. Já na sexta-feira à tarde, ela se prepara para voltar à Capital e permanecer na casa em que vivem os pais, o marido e os dois filhos. Já os domingos são de retorno ao local de trabalho, mas desde março essa realidade mudou. "Eu vim para Fortaleza na expectativa que fosse uma coisa rápida, a gente não imaginava que ia demorar tanto, mas foi quando as coisas pioraram e a rodoviária teve de fechar", lembra.

Desde que passou a trabalhar no Município, a funcionária pública aluga um apartamento para evitar as viagens de 3 horas todos os dias. "Eu tô mais despreocupada porque têm outras pessoas lá. Onde eu moro é um condomínio de família, a dona acompanha a movimentação, sabe quem está lá e quem viaja", explica.

Ainda assim, a falta de acesso ao apartamento gera certa preocupação. "Eu tô há dois meses aqui (em Fortaleza) e minha geladeira está lá ligada, tem wi-fi também, mas questões de emprego estão certas. Fica só um pouco a saudade de Quixadá", relata. Os pagamentos de água e energia elétrica, bem como aluguel, são feitos pela internet.

De forma remota, Tereza também consegue cumprir com as demandas do trabalho durante a interrupção do serviço presencial. O retorno às atividades regulares, no entanto, desperta o receio da contaminação. "Por mais que esteja em isolamento social, na hora que eu tiver de ir pra Quixadá, entrar no ônibus com ar condicionado em que nem todo mundo se cuida, eu fico pensando como vai ser", destaca.

Algumas estratégias, como diminuir a frequência das viagens, carregam o peso da distância dos filhos e do suporte dos parentes. "Outra coisa que eu me preocupo é se eu me contaminar quem vou ter para os cuidados e acompanhamento, junto da família é mais tranquilo", acrescenta.

Foram definidas normas no Protocolo de Reabertura do Transporte Coletivo Público e Privado, elaborado pelo Governo do Estado, para evitar a propagação da doença. Entre as regras, precisa ser disponibilizado álcool em gel 70% aos passageiros e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a todos os funcionários. Além disso, os veículos devem ser desinfectados, no mínimo, três vezes ao dia: uma à noite, outra após o pico da manhã e outra antes do momento de maior demanda da tarde. Os ambientes devem ser ventilados, com janelas abertas, e as áreas comuns precisam passar por limpeza durante o dia.

Acesso ao interior

Os riscos de contágio pela Covid-19 continuam como forte preocupação enquanto não houver vacina, como reflete o secretário executivo de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Planejamento do Estado (Seplag), Flávio Ataliba. "Fortaleza foi atingida primeiro e, depois, o vírus se espalhou no interior. Infelizmente, o transporte pode ser vetor de contaminação e a gente precisa controlar", disse.

Flávio Ataliba também faz parte da coordenação executiva para a flexibilização do isolamento social no Ceará. O cuidado para evitar uma nova onda de casos de infecção pelo vírus é reforçado neste momento em que "Fortaleza começa a ser um novo suporte para quem precisa de cuidados" daqueles vindos do interior.

"Quando for liberado (o serviço de viagens de ônibus intermunicipais), na 4° fase, teremos protocolos rígidos e os viajantes devem atender aos requisitos (para evitar contaminação". Caso todas as fases aconteçam dentro do período estabelecido pelo Grupo de Trabalho, com análise do comportamento da população e monitoramento dos casos, a 4° fase da flexibilização dos serviços deve acontecer por volta do dia 20 de julho.

Para continuar visitando os pais idosos em Aratuba, no Maciço de Baturité, Aurineide Cavalcante, de 43 anos, pegou caronas com um primo por duas vezes durante a pandemia, na época do Dia das Mães e da Semana Santa. Como é uma das filhas que mora mais perto dos pais, em Fortaleza, ela costumava ir com mais frequência ao interior, pegando ônibus intermunicipal ou caronas com familiares. "A gente passou por muitas barreiras. Em todas que passava fazia vistoria, era examinado, se a gente tivesse doente, a gente voltava", conta. Ela espera que quando os transportes voltarem a funcionar normalmente, ela possa encontrar os pais mais vezes. "O medo (do vírus) a gente tem, mas está nas mãos de Deus".

Cidades se reinventam para enfrentar o mundo pós-pandemia

RIO — Calçadas mais largas, pedestres dividindo a pista com veículos e mais alguns quilômetros de ciclovias pelo espaço urbano. Por causa do novo coronavírus, as cidades tiveram que se adaptar para oferecer mais segurança à população e garantir o distanciamento seguro em tempos de pandemia. Ao redor do mundo diversos países adotaram medidas distintas nas diferentes fases do surto da doença, e algumas delas — bem simples e de baixo custo — podem inclusive ser incorporadas de forma permanente à paisagem urbana.

Porém, as novas estratégias precisam vir acompanhadas de um planejamento urbano anterior, conforme explicam especialistas ouvidos pelo GLOBO. Este é o caso no Brasil e em outros países da América Latina, que, mesmo implementando tais medidas, devem sanar problemas habitacionais e de gestão para tornar suas cidades mais seguras diante de surtos sanitários.

Bicicletas como trunfo

Na Colômbia, a capital Bogotá, que já contava com 550 km de ciclovia, ampliou sua malha cicloviária em mais 80 km assim que decretou a quarentena na cidade, no final de março. As pistas que foram criadas para serem temporárias agora serão permanentes, segundo afirmou a prefeitura. Durante o isolamento, de acordo com a Secretaria de Mobilidade de Bogotá, cerca de 300 mil viagens foram feitas de bicicletas, sendo usadas principalmente por trabalhadores de serviços essenciais. A pasta afirmou ainda que 70% das pessoas que agora usam o veículo regularmente costumavam circular pela cidade em outros tipos de transporte, antes da pandemia.

Para compensar a limitação na capacidade dos ônibus, Lima está instalando 301 km de ciclovias de emergência temporárias. Elas se vincularão à rede de bicicletas existente e vão dobrar a quantidade de instalações para bicicletas na cidade.

A cidade de Tampa, na Flórida, suspendeu temporariamente a necessidade de autorização prévia para que restaurantes possam colocar mesas em calçadas.

A cidade de Brookline usou cones e placas temporárias fixadas em balizas para alargar calçadas e criar ciclovias ao longo de quatro ruas de grande volume de tráfego.

A capital usou tinta e cones para indicar espaçamento apropriado para passageiros em estações de transporte público, áreas de espera e filas.

Com a redução do tráfego de veículos, algumas ruas do centro de Bruxelas passaram a ter limite de 20 km/h para dar mais segurança aos pedestres que precisarem andar na pista.

Goiânia implementou um projeto-piloto de “Feiras Seguras”, encorajando mercados de hortifrutigranjeiros ao ar livre a operarem de acordo com as diretrizes da OMS para evitar contágio.

Segundo um estudo feito pela Associação Nacional de Oficiais de Transporte da Cidade (Nacto, na sigla em inglês), financiado pela Bloomberg Philanthropies, o incentivo ao uso de bicicletas como meio de locomoção diário foi uma das medidas mais adotadas pelas cidades na hora de se adaptar por causa do coronavírus — por ser um transporte individual, as chances de contágio diminuem. O relatório também cita outras estratégias usadas para trazer mais segurança à população contra uma nova onda de contaminações da Covid-19.

“As faixas exclusivas para o transporte coletivo serão essenciais para garantir que os ônibus possam circular livremente e com mais frequência, permitindo que as pessoas os utilizem sem medo de superlotação. Calçadas ampliadas, estratégias de gerenciamento de velocidade e redes de ciclovias protegidas serão necessárias para manter as pessoas seguras quando o tráfego de veículos retornar. Lojas, mercados e restaurantes precisarão de espaço ao ar livre para assentos e filas, a fim de se manterem financeiramente sustentáveis. Escolas, bibliotecas, locais e instituições religiosas e culturais podem precisar de espaço ao ar livre para conduzir com segurança as aulas e a programação, ou fornecer serviços sociais essenciais”, diz o documento.

O estudo da Nacto explica que, para a adoção dessas medidas, é possível usar recursos de baixo custo e de fácil instalação, como barreiras, balizas, meio-fio de borracha e até marcações feitas com tinta. Foi o que fez Buenos Aires, na Argentina, que pintou o chão e colocou cones em pontos de ônibus e outros lugares públicos para indicar o espaçamento apropriado que as pessoas deveriam manter. Auckland, na Nova Zelândia, também usou os mesmos recursos para ampliar a calçada da principal via comercial do centro da capital neozelandesa, a Queen Street.

— Os exemplos que vemos foram feitos com um custo baixo e tiveram um impacto grande. Cada cidade tem o seu contexto e as suas características. Mas elas não precisam reinventar a roda para fazer essas mudanças. Os países do mundo todo estão mudando, as cidades podem se inspirar nos demais exemplos e adaptá-los para a sua realidade — explica o urbanista italiano Fabrizio Prati, um dos autores do estudo.

O especialista alerta que sem adaptações por causa do coronavírus as cidades correm o risco, além de um aumento dos casos da doença, de ficarem paralisadas por causa do aumento intenso do fluxo de veículos particulares na rua, devido ao receio dos transportes coletivos. Segundo ele, esse congestionamento também seria causado pelo crescimento insustentável que as cidades tiveram até então.

— O que o futuro vai ser, ainda não sabemos. O que sabemos é que devemos repensar as nossas cidades. Há tempos temos um crescimento que não é feito de forma segura nem sustentável. Algumas cidades já tinham atingido um limite de carros na rua, então qualquer aumento pode causar um engarrafamento que a paralisaria, além de trazer mais poluição — explica o urbanista.

Impacto a longo prazo

Prati cita o exemplo do uso de bicicletas, que ajudaria a aliviar os nós na cidade causados pelos carros, além de garantir mais segurança a quem usa ou não o transporte:

— Isso não significa que todo mundo vai ter que ir trabalhar de bicicleta. Mas aqueles que têm essa opção poderão adotá-la e isso aliviaria a quantidade de pessoas nos transportes públicos.

Tais mudanças também seriam uma forma de aliviar o fluxo de circulação nas cidades e diminuiria a poluição no território. Isso faria com que, se adotadas de forma permanente, as medidas tivessem um impacto positivo a médio e longo prazo.

No Brasil, algumas ações do tipo estão sendo implementadas. A Tembici, responsável pelo serviço de aluguel de bicicletas em cidades como Rio, São Paulo, Recife e Porto Alegre, informou que está investindo no aumento da sua frota. Segundo um levantamento da empresa, 87% dos usuários do serviço optaram pelo transporte como prevenção ao novo coronavírus, e 54% estavam utilizando as bicicletas para ir e voltar do trabalho — 16% eram profissionais da área da saúde.

Já em Goiás, o estado achou uma solução para voltar com as feiras e mercados de hortifrutigranjeiros ao ar livre, desde que as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) fossem seguidas. Para isso, faixas e fitas de marcação passaram a ser usadas para indicar o distanciamento seguro entre os clientes e limitando em ao menos um metro a distância das pessoas e dos alimentos. Ainda foi preciso que os espaços disponibilizassem um lugar para lavar as mãos, com água limpa e corrente, sabão líquido e papel descartável, além de álcool gel a 70%. Os comerciantes também puderam começar a atender em esquema de delivery e drive-thru, que está sendo adotado em todos os municípios do estado.

— Começamos a buscar soluções para amenizar o impacto econômico, sem perder de vista a questão sanitária. Consolidamos um trabalho técnico com uma referência baseada nos principais contextos da OMS — conta o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto.

Necessidade de diálogo

O oficial sênior de Assentamentos Humanos do Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ROLAC), da ONU-Habitat, o canadense Alain Grimard, considera que essas medidas são soluções construtivas, criativas e que devem ser aplicadas de forma permanente nas cidades. Porém, ele pondera que há desafios para implementá-las, principalmente em países do continente, como Brasil, México e Colômbia, pela falta de atuação conjunta entre os diferentes níveis de governo.

— O desafio de vários países da região é a dificuldade de ter uma sinergia entre os distintos níveis de governo; nacional, estadual ou provincial e municipal. Para organizar uma resposta positiva e efetiva é preciso ter um diálogo entre eles — explica Grimard. — Também é preciso pensar a nível metropolitano, já que temos em vários países da América Latina o fenômeno de conurbação, onde dezenas de cidades existem coladas umas nas outras. Como acabam fazendo parte da mesma zona, não existe uma fronteira administrativa e há muita circulação entre elas. Quando falamos de diálogo, de cooperação, temos que assegurar que essa resposta [ao coronavírus] seja aplicável em toda a região metropolitana.

terça-feira, 9 de junho de 2020

Prefeitura coloca mais 1.705 ônibus em circulação nesta quarta-feira

Percentual da frota em operação chega a 92%

 





A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e da SPTrans, determinou que sejam adicionados 1.705 ônibus à frota a partir de quarta-feira, 10 de junho. O reforço é mais uma medida para reduzir a disseminação do vírus e os impactos de uma pandemia de caráter global na rotina do município.

Com isso, a frota em circulação será de 11.828 veículos ou 92,31% da frota operacional nos dias úteis pré-quarentena. A medida visa a garantir a segurança dos passageiros, motoristas e cobradores no transporte coletivo municipal, tendo em vista a previsão de reabertura gradual das atividades comerciais.

Para evitar aglomerações, a Prefeitura estabeleceu o escalonamento na entrada e saída dos trabalhadores dos comércios e serviços autorizados a funcionar novamente de forma presencial.

As equipes de campo da SPTrans seguem monitorando a movimentação de passageiros durante todo o período de quarentena e fará os ajustes necessários para adequar a operação à demanda e garantir o transporte público à população, em especial aos trabalhadores de serviços essenciais.

Outras Medidas

- Uso obrigatório de máscaras nos ônibus e terminais;
- Marcação no solo nos terminais para sinalizar a distância de um metro entre os usuários nas filas;
- Higienização dos ônibus entre as viagens, principalmente nos locais onde há contato dos passageiros como balaústres, corrimãos e assentos;
- Higienização do ar-condicionado;
- Limpeza dos terminais, plataformas e banheiros;
- Autorização do uso de cortina em “L” para proteção do motorista;
- Ações de orientação e conscientização sobre cuidados e higiene pessoal por meio de mensagens sonoras e cartazes nos terminais, redes sociais e no Jornal do Ônibus;
- Monitoramento diário para ampliação e remanejamento da frota, se necessário.

Transportes Metropolitanos ajudam a arrecadar cobertores novos no Inverno Solidário

Passageiros encontram caixas de coleta em estações e terminais da CPTM, EMTU, Metrô e das concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade




Com o inverno se aproximando e a sensação térmica bem mais baixa, chega o momento de pensar na solidariedade a quem não consegue se aquecer. Os passageiros atendidos pela CPTM, EMTU, Metrô e pelas concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade contam com 81 pontos de arrecadação de doações da Campanha Inverno Solidário 2020, distribuídos em estações e terminais do sistema metropolitano. A Estrada de Ferro Campos do Jordão (EFCJ) também participa da campanha, acrescentando ao total mais um ponto de coleta na Estação Pindamonhangaba.

A ação tem como objetivo arrecadar cobertores para ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade social a enfrentar o período de frio. Somente cobertores novos serão aceitos para evitar o risco de transmissão da Covid-19 na manipulação de peças usadas. A campanha Inverno Solidário é uma iniciativa do Fundo Social de São Paulo e vai até o dia 22 de setembro. As doações recebidas serão destinadas para entidades sociais, entre elas hospitais e centros de acolhida em todos os municípios do Estado de São Paulo.

Na CPTM, as doações podem ser feitas nas estações Lapa (Linha 7-Rubi), Barra Funda (Linha 8-Diamante), Pinheiros (Linha 9-Esmeralda), Tamanduateí (Linha 10-Turquesa), José Bonifácio (Linha 11-Coral), Brás (Linha 12-Safira) e Engenheiro Goulart (Linha 13-Jade). O Metrô tem pontos de arrecadação nas estações Jabaquara e Tucuruvi, na Linha 1-Azul, Tatuapé e Corinthians-Itaquera, na Linha 3-Vermelha, Sacomã, na Linha 2-Verde e Paraíso que faz integração das linhas 1 e 2. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás, operadas pela ViaQuatro e ViaMobilidade, respectivamente, terão caixas para depósito de doações em todas as suas estações a parir de amanhãJá a EMTU conta com 40 pontos de arrecadação divididos entre os terminais metropolitanos da capital e de Campinas, estações do VLT, edifícios e pontos comerciais das cinco regiões metropolitanas em que opera (São Paulo, Baixada Santista, Campinas, Vale do Paraíba/Litoral Norte e Sorocaba). A lista completa dos locais de arrecadação no sistema de ônibus intermunicipal está disponível no site http://www.emtu.sp.gov.br.

MT: Após oito anos, VLT consumiu R$ 180 milhões e continua sem uso

Obra passou por três gestores estaduais diferentes e ainda está longe de ter um desfecho




Oito anos depois do lançamento das obras, o Veículo Leve sobre Trilho (VLT) ainda é uma polêmica no Mato Grosso. O estado continua a pagar o empréstimos; os prazos para resolução do entrave de serviços parados estão estourados e, oficialmente, não há previsão de quando o problema será resolvido.

No próximo dia 20, o modal, que deveria ter começado a funcionar em junho de 2014 para a Copa do Mundo, faz mais um aniversário.

Conforme a Secretaria de Fazenda (Sefaz), Mato Grosso pagou, desde 2013, R$ 180 milhões por um serviço sem uso. É uma média de R$ 29 milhões por ano cada cada até 2019, o que representa 20% do total de R$ 1 bilhão emprestados da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES).


GRU Airport já contabiliza 17 incidentes com pipas e balões só nesse ano

Aparentemente inofensiva, a soltura de pipas e balões em determinadas áreas da cidade pode se transformar em um grande problema. No Brasil, soltar balões é crime, mas, mesmo assim, a prática relacionada à tradição junina e a competições de trabalhos artesanais com explosivos ainda é frequente no perímetro urbano. 


Dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) revelam que, este ano, em todo o Estado de São Paulo, já foram registradas 125 ocorrências aeronáuticas envolvendo balões. Deste total, 46 foram no entorno do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e, segundo o levantamento da concessionária responsável, GRU Airport, 10 foram dentro dos 14 km² do sítio aeroportuário. Desses, sete provocaram algum tipo de interferência na operação dos voos, por terem caído ou terem sido avistados no pátio de manobras de aeronaves. 

Em 2019, a GRU Airport contabilizou 49 ocorrências envolvendo balão, sendo 33 no pátio de manobras. No mesmo período, a concessionária do Aeroporto Internacional de São Paulo registrou 25 incidentes envolvendo pipas. De janeiro a maio deste ano, foram sete interferências operacionais. 

Somando os dois tipos de incidentes com pipas e balões, só este ano, já são 17. Para o diretor de operações da GRU Airport, Cmte. Miguel Dau, uma das justificativas para o crescimento destes números é a pandemia de covid-19, em função do aumento do tempo ocioso para crianças e adultos e a diminuição temporária da atividade aérea no aeroporto, que pode causar a falsa sensação da redução dos riscos envolvidos. “Ocorrências com pipas e balões, infelizmente, ainda são comuns nos períodos de férias escolares, mas o que nos chama atenção é que, até o final de abril, já ocorreram 17 ocorrências desse tipo dentro do sítio aeroportuário. Este número é alto”, afirma.

Conscientização como prevenção

Uma das formas de GRU Airport proteger a operação do aeroporto, que atualmente corresponde a uma média de 100 pousos e decolagens por dia, é investir na conscientização de jovens, adultos e crianças, moradoras das comunidades vizinhas do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Desde 2018, a equipe de Responsabilidade Social da GRU Airport promove peças teatrais e palestras educativas nas escolas públicas de, ao menos, 13 bairros classificados de interferência direta e indireta do aeroporto. Ano passado, 4.500 jovens, entre 6 e 18 anos participaram da iniciativa, que tem como mote a mensagem “Brincando com Segurança”, sobre os riscos de soltar pipas e balões próximo ao sítio aeroportuário. Ano retrasado, foram 3.270 crianças e adolescentes da mesma faixa etária.

Este ano, devido à pandemia de covid-19 e as medidas de isolamento social recomendadas pelo Ministério da Saúde e órgãos internacionais, a equipe de Responsabilidade Social de GRU Airport estuda uma abordagem diferente, por meio de vídeo e/ou outras ferramentas. “Não vamos deixar de falar para a comunidade sobre os riscos de empinar pipa e soltar balão em torno do aeroporto, além de ensinar outros tipos de brincadeiras”, explica o Cmte. Miguel Dau. A expectativa é que as ações comecem a ser realizadas no segundo semestre e envolva agentes comunitários para alcançar mais pessoas. O modelo ainda está em estudo.

Informações do GRU Airport


Congonhas adota medidas de proteção definidas pela Anvisa para o “novo normal”

A Infraero iniciou uma campanha de orientação aos passageiros e funcionários da sua rede de aeroportos no combate ao coronavírus (Covid-19). Congonhas foi um dos primeiros aeroportos a serem alvo da ação.



Divulgação INFRAERO

As ações incluem a instalação de adesivos de sinalização e orientação por todo o caminho que o viajante faz para o embarque e desembarque de um voo; além de avisos em áudio e vídeo nos sistemas de som e painéis de voos, e cartazes pelos terminais. O foco dos alertas é no uso de máscaras durante a permanência no aeroporto e na viagem; distanciamento entre os frequentadores dos terminais e higienização das mãos.

A nova sinalização começou a ser aplicada em 14 aeroportos de capitais e fronteiras (Manaus, Belém, Macapá, São Luís, Boa Vista, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Goiânia, Campo Grande, Palmas, Rio Branco, Foz do Iguaçu e Porto Velho) e, gradativamente, será estendida aos terminais que contam com voos de companhias aéreas. Estas, por sua vez, também poderão contribuir com esse trabalho orientando seus funcionários e clientes. Todas as orientações também estarão disponíveis no site da Infraero.

Intitulada “Cuide ainda + de você e dos outros”, o objetivo da campanha é preparar os terminais para o aumento da circulação de pessoas garantindo a segurança de todos. No Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), passageiros encontrarão orientações através de adesivos instrutivos no momento do check-in, embarque, desembarque, nas áreas de raio-x, nas esteiras de retirada de bagagens; ao usar escadas, elevadores e longarinas; ou mesmo na entrada em estabelecimentos comerciais e praça de alimentação. Além disso, os check-ins agora contam com proteção acrílica para a proteção de passageiros e atendentes das companhias aéreas.

“O Aeroporto de Congonhas adotou todos os protocolos de higienização e segurança de passageiros e funcionários, intensificando a limpeza de áreas comuns do aeroporto, bem como ampliou a disponibilização de itens de higiene. Todas as medidas estão em consonância com as diretrizes do Ministério da Saúde e visam a proteção de todos que precisarem utilizar o aeroporto”, explica o superintendente do Aeroporto de Congonhas, João Marcio Jordão.



O transporte de passageiros para embarques e desembarques remotos também está mais rigoroso no terminal paulista. Agora, cada ônibus transporta até 30 passageiros por vez, todos sentados e respeitando as distâncias mínimas determinadas pela Anvisa. Vale destacar que a Infraero também reforçou a limpeza desses ônibus, especialmente em relação às superfícies de contato em de modo preventivo, a administração aeroportuária também providenciou a troca de todo o sistema de ar condicionado do aeroporto.

Diante da crise do novo coronavírus, Covid-19, a Infraero esclarece que o serviço aeroportuário nos 48 terminais sob administração da empresa está ocorrendo normalmente e a oferta de voos está seguindo a malha aérea definida pelas empresas aéreas e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Dessa forma, a Infraero recomenda que se dirijam aos aeroportos apenas aquelas pessoas que precisam viajar de avião. Nos terminais, os viajantes encontrarão uma estrutura ajustada às medidas sanitárias determinadas pela Agência Nacional de Vigilancia Sanitária (Anvisa) para que todas as atividades ocorram com os cuidados que o combate ao coronavírus exige. Entre as medidas estão:

– Estímulo ao uso de canais digitais para realização de check-in (aplicativos das empresas aéreas ou web-check-in);

– Orientação de se evitar o manuseio de cartões de embarque impressos;

– Recomendação de, se possível, usar cartões de crédito ou smartphone para pagamento de compras em lojas, restaurantes, lanchonete e serviços no aeroporto;



Diante da crise do novo coronavírus, Covid-19, a Infraero esclarece que o serviço aeroportuário nos 48 terminais sob administração da empresa está ocorrendo normalmente e a oferta de voos está seguindo a malha aérea definida pelas empresas aéreas e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Dessa forma, a Infraero recomenda que se dirijam aos aeroportos apenas aquelas pessoas que precisam viajar de avião. Nos terminais, os viajantes encontrarão uma estrutura ajustada às medidas sanitárias determinadas pela Agência Nacional de Vigilancia Sanitária (Anvisa) para que todas as atividades ocorram com os cuidados que o combate ao coronavírus exige. Entre as medidas estão:

– Estímulo ao uso de canais digitais para realização de check-in (aplicativos das empresas aéreas ou web-check-in);

– Orientação de se evitar o manuseio de cartões de embarque impressos;

– Recomendação de, se possível, usar cartões de crédito ou smartphone para pagamento de compras em lojas, restaurantes, lanchonete e serviços no aeroporto;

– Uso de máscara por passageiros e pessoas em circulação nas áreas públicas do aeroporto, bem como o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) por empregados da Infraero ou outras pessoas que trabalhem nos aeroportos da empresa;

– Divulgação de instruções de higiene, proteção e distanciamento social em sistema de som, painéis informativos de voos, cartazes e cavaletes distribuídos nas áreas de embarque e desembarque de passageiros e áreas operacionais e administrativas dos aeroportos; bem como banheiros, estacionamento e área de espera dos transportes públicos; além de conteúdos site, redes sociais e demais meios aplicáveis à Rede Infraero para prevenir e combater o Covid-19;

– Monitoramento frequente da disponibilidade de álcool em gel, sabonete líquido e papel toalha em todos os seus aeroportos, além de reforçar a limpeza e desinfecção de toda a área de movimentação de passageiros, pontes de embarque, ônibus de embarque e desembarque e demais espaços de uso comum;

– Distanciamento de pelo menos dois metros entre pessoas no aeroporto – com sinalização por meio de adesivos de mesa, piso e assentos, especialmente em locais como check-in, canais de inspeção, portões e pontes de embarque, esteiras de bagagem, áreas de alimentação, entre outros locais com fluxo de passageiros;

– Orientação de evitar aglomerações em lojas, restaurantes e lanchonetes;

– Organização, junto com as empresas aéreas, de maior espaçamento entre os passageiros nos embarques e desembarques de passageiros, seja em fingers ou procedimento remoto (ônibus ou a pé).

Remarcação e cancelamento de voos


Para informações sobre remarcações e cancelamentos de voos, a orientação é que o passageiro faça contato direto com as empresas aéreas, que passaram a adotar uma nova malha aérea, divulgada pela Agência Nacional de Aviação Civil no final de março. Em caso de dúvida sobre os principais Direitos e Deveres dos passageiros, consulte o Guia do Passageiro. As companhias aéreas é que estabelecem o fluxo de cancelamentos e alterações na malha, não cabendo à Infraero essa gestão.

Outras orientações sobre o transporte aéreo também estão disponíveis no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Trabalho Integrado

A Infraero é uma das integrantes do sistema de aviação civil brasileiro. A empresa opera 48 aeroportos em todo o País. É nesse sistema que ocorre o trabalho integrado dos seguintes órgãos públicos que atuam no sistema:

1- Agência Nacional de Aviação Civil (Anac): agência reguladora vinculada ao Ministério da Infraestrutura. Cabe a ela regular e fiscalizar as atividades da aviação civil e a infraestrutura aeronáutica e aeroportuária no Brasil, observadas as orientações, políticas e diretrizes do Governo Federal.

2- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): responsável pela proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.

3- Departamento de Polícia Federal (DPF): órgão tem entre as suas funções as atividades de polícia aeroportuária e de fronteiras, por meio do controle de imigração e segurança em áreas restritas de aeroportos.

4- Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea): vinculado ao Comando da Aeronáutica, é o responsável pelo Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, além de planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas ao monitoramento do espaço aéreo, à proteção ao voo, ao serviço de busca e salvamento e às telecomunicações do Comando da Aeronáutica.

5- Receita Federal (RFB): realiza a fiscalização aduaneira nos aeroportos para prevenir e combater a sonegação fiscal, contrabando, pirataria, fraude comercial, tráfico de drogas e de animais em extinção, além de outros atos ilícitos no campo do comércio internacional. Também auxilia na elaboração da política tributária brasileira.

6- Vigilância Agropecuária (Vigiagro): sistema vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que realiza o controle e fiscalização agropecuária de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais; produtos de origem animal e vegetal, entre outros, que estejam em trânsito internacional pelo Brasil.

Informações da Infraero

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