Empresa municipal planeja a construção de oito trechos, que contemplarão desde o Centro até os distritos de Barão Geraldo e do Campo Grande
A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) planeja a execução de mais oito trechos de ciclovias no município ao longo de 2024. A empresa prevê a construção das novas pistas nos seguintes pontos: Campina GrandeSão Luís; Florence II-Pirelli; Jardim Flamboyant, Jardim Garcia-Londres, Jardim Garcia-Jardim Aurélia, Parque Via Norte, Rua José Paulino e Parque Ecológico Hermógenes de Freitas Leitão - Barão do Café-Mata Santa Genebra, no distrito de Barão Geraldo. No total, são 17,78 quilômetros de ciclovias previstas nesses trechos e investimento de R$10,7 milhões. Além das pistas planejadas, Campinas totaliza outros 33 quilômetros de ciclovias em fase de construção ou licitação. Na última sexta-feira (12), a Emdec abriu licitação para contratar uma empresa para a elaboração do projeto executivo e realização das obras de implantação de aproximadamente 4,8 quilômetros de infraestrutura cicloviária na área externa do Parque Ecológico Hermógenes de Freitas Leitão. A contratada também ficará encarregada pelo fornecimento de materiais e mão de obra. De acordo com a empresa municipal, a licitação para a ciclovia do Parque Ecológico está prevista para ser finalizada em 26 de março. Após declarar o vencedor, o prazo dado para o início das obras é de 15 dias. A conclusão será de cinco meses.
Nas outras regiões, a construção das ciclovias Campina Grande-São Luís terá 2,95 km de extensão; a Florence II, 1 km; do Jardim Flamboyant, 0,47 km; do Jardim Garcia-Londres, 1,81 km; Jardim Garcia-Aurélia, 1,73 km; Parque Via Norte, 4,2 km; e José Paulino, 0,82 km.Em 2023, Campinas chegou a 101,38 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e calçadas compartilhadas. "Somadas, as rotas cicloviárias do Parque Ecológico Hermógenes de Freitas Leitão-Barão do Café-Mata Santa Genebra, Campina Grande-São Luís, Florence II-Pirelli, Jardim Flamboyant, Jardim GarciaLondres, Jardim Garcia-Aurélia e Parque Via Norte somarão cerca de R$ 6,3 milhões investidos. Já a rota da Rua José Paulino está inserida no contexto das obras de revitalização daquela via, cujo projeto contempla diversas intervenções, com investimentos da ordem de R$ 4,4 milhões e verba da Secretaria de Transportes", detalhou a Emdec.
Entre as rotas com obras em andamento, estão a da Avenida Mercedes Benz até o Terminal Ouro Verde (8,5 km), a da Vila União (3,4 km), da Avenida Campos Sales, no Centro, com execução de 0,7 km, e no Parque Prado, no canteiro central da Avenida Brunoro de Gasperi-Rua São José dos Campos (2,6 km). No Parque Prado, as obras são realizadas após contrapartida firmada entre a municipalidade e uma construtora devido à edificação de um empreendimento imobiliário. As obras tiveram início em novembro do ano passado. Os trabalhos atualmente estão em fase de demarcação de traçado e concretagem dos trechos da ciclovia, informou a Emdec.
Na Vila União, haverá trechos de circulação de mão dupla e de mão única. A expectativa é de que essa nova rota cicloviária seja entregue no próximo mês. Os investimentos são de R$ 2 milhões. A ciclovia tem início na Rua Paulo Vianna de Souza. O percurso atende equipamentos públicos como o Parque Ecológico Luciano do Valle, o Centro de Saúde Vila União e o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Margarida Maria Alves. Também fica perto do terminal de ônibus urbano. O prazo inicial para a conclusão das obras, que começaram em agosto de 2021, sofreu alteração, principalmente devido à ocorrência de chuvas que causaram inundações e erosões ao longo do córrego Bandeirantes. Em 2023 foram entregues quatro novas rotas cicloviárias, totalizando 7,80 km. Os investimentos ultrapassaram os R$ 2,1 milhões.
Presidente de bike clube pede interligação entre os trechos
Ciclista há 20 anos, o presidente do Campinas Bike Clube, Luis Carlos Rosa, de 58 anos, morador do Taquaral, apontou a necessidade de se ter um olhar voltado à interligação das ciclovias, visando à mobilidade urbana. "Quanto à implantação de ciclovias na cidade, está se fazendo um bom trabalho, mas vejo que precisa investir uma verba para interligar as ciclovias. Está se fazendo ciclovia para lazer e deixando um pouco a desejar na mobilidade urbana. Uma ciclovia que não tem comunicação com outra termina no nada. Seria interessante a Prefeitura buscar uma verba para interligar as ciclovias, para poder usá-las para ir ao trabalho e à escola com segurança", sugeriu.
Em resposta, a Emdec informou que estuda a interligação entre as rotas cicloviárias, entre escolas e estações do transporte público coletivo. "A malha cicloviária de Campinas vem sendo ampliada para uma cobertura cada vez maior e mais eficiente para a mobilidade ativa, conforme prevê o Plano Cicloviário de Campinas. Para isso, a Emdec considera diversos pontos no momento de traçar novas rotas, incluindo o debate com a sociedade, especialmente com grupos de cicloativistas. Além da ligação entre trechos existentes, a empresa avalia a possibilidade de integração com estações e terminais do transporte público coletivo e o atendimento a pontos de interesse nas regiões, como instituições de ensino e centros de saúde".
Perguntada a respeito da manutenção das ciclovias em uso há alguns anos, a Emdec informou que o trabalho foi iniciado pela ciclovia Norte-Sul.
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