terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Histórias e Curiosidades dos Transportes - Terminal Rodoviário Jabaquara

 Terminal Rodoviário Jabaquara




O Terminal Intermunicipal Jabaquara, também conhecido como Terminal Jabaquara ou Rodoviária do Jabaquara, é um dos três terminais rodoviários intermunicipais de São Paulo, sendo dedicado a linhas rodoviárias com destino à Baixada Santista e ao Litoral Sul do estado.


História



Em 1950, o vereador Carlos Fairbanks sugeriu que o Mercado Central fosse transformado em uma estação rodoviária, pois sua localização era ideal para receber ônibus que partissem para a Baixada Santista, o Rio de Janeiro e Minas Gerais.Inicialmente, a sugestão agradou, porém depois surgiram contestações sobre a passagem de ônibus pela região central e foi proposta a construção de quatro terminais nas zonas norte, sul, leste e oeste. Como não tinha verba para investir nisso, a Prefeitura aceitou a proposta da iniciativa particular de uma rodoviária na zona central, o Terminal Rodoviário da Luz.


Quando reassumiu a Prefeitura, Prestes Maia passou a lutar para tirar a rodoviária da Praça Júlio Prestes e recomendar a construção de quatro terminais em bairros mais afastados do Centro, mas esbarrou na falta de recursos.[20] Graças a uma reforma na distribuição das receitas públicas, feita por Castelo Branco em 1965, a Prefeitura passou a arrecadar muito mais e pôde dar atenção a projetos que nunca tinham saído do papel antes, como a construção do Metrô.


O projeto das rodoviárias também voltou à pauta, mas com apenas três: a principal, em Santana, uma na Água Funda, para atender a Baixada Santista, e outra perto do Jockey Club, para ônibus que utilizassem as rodovias Castelo BrancoAnhanguera e Régis Bittencourt


Terminal Rodoviário Jabaquara, recém inaugurado em maio de 1977.
Acervo da Companhia do Metropolitano de São Paulo



Acabou sendo criado um terminal quase improvisado no Glicério, nos baixos da Ligação Leste-Oeste, para servir a Baixada Santista, em 1973. Em janeiro de 1976, entretanto, o prefeito Olavo Setúbal determinou que fosse instalado um terminal rodoviário para a Baixada Santista no Jabaquara, já no mês seguinte, mas isso só acabaria oficializado um ano depois, quando Setúbal assinou o decreto criando o Terminal Intermunicipal do Jabaquara, em 21 de janeiro de 1977.


O decreto estipulava que todas as linhas que demandassem utilização das rodovias Anchieta e Imigrantes teriam seus pontos de embarque e desembarque transferidos para o novo terminal.  As empresas que não aceitassem a mudança poderiam ter seus ônibus impedidos de entrar no município e, caso o fizessem, eles poderiam ser apreendidos.



A administração do terminal ficaria a cargo da Companhia do Metropolitano. O investimento na construção foi de 44 milhões de cruzeiros, além de oito milhões de cruzeiros em obras de readequação viária na região.[ A intenção da Prefeitura era criar terminais descentralizados e integrados ao Metrô, para poder desativar o terminal da Luz. Donos de empresas calculavam que a mudança poderia reduzir em até uma hora o tempo de percurso em cada um dos sentidos.


A inauguração do terminal ocorreu em 2 de maio de 1977, passando a abrigar as linhas com destino à Baixada Santista e ao Litoral Sul, que antes partiam do Terminal Rodoviário da Luz e do Terminal do Glicério. A mudança foi encarada com protestos por moradores da Baixada Santista. "É uma coisa sem lógica essa mudança radical para o Jabaquara", protestou um vereador de Santos em 24 de maio. "Esse tipo de medida tende a ser aplicado somente aos ônibus de Santos, já que vários outros chegam de diversas capitais, como do Rio e Curitiba, além de cidades do interior de São Paulo.


Agora o santista que viaja tem de gastar muito mais para poder locomover-se de uma rodoviária a outra, distante vários quilômetros e sem linhas de ônibus à disposição. Pesquisa encomendada pela Prefeitura de Santos mostrava que 92% eram contra a mudança. Em São Paulo, as queixas eram quanto à distância do novo terminal, que obrigava os passageiros a fazer grandes deslocamentos, já que àquela época a única linha do Metrô existente na cidade era a Linha 1-Azul, que ligava o Jabaquara até Santana.


A Viação Santa Rosa, que havia vinte anos tinha uma linha rumo a Santos e São Vicente saindo do bairro da Penha, na zona leste da capital, passando por cidades do ABC, optou por não se mudar para o novo terminal. A empresa tinha como público pessoas que moravam na Baixada Santista e trabalhavam na zona leste de São Paulo e preferiu passar a fazer a ligação apenas entre a Baixada e as cidades do ABC. Não interessa ao passageiro sair do Jabaquara, passar pelo ABC e ir até a Baixada, gastando o dobro do horário que levaria se fosse direto", explicou um diretor da empresa.

Já a Expresso Luxo, que trabalhava com carros de passeio, manifestava desde mais de um ano antes a preocupação com a mudança. "Meu mercado é constituído pela classe média-alta", explicou o presidente da empresa em janeiro de 1976. "Deputados, senadores, desembargadores, juízes, delegados, advogados, engenheiros. É óbvio que essas pessoas não vão até o Jabaquara tomar um expressinho. Uma coisa que eu não compreendo é que tipo de concorrência eu faço aos ônibus, se a passagem deles custa dez cruzeiros e a minha, trinta cruzeiros. Se essa medida for definitiva, minha empresa vai acabar. Os veículos da Expresso Luxo não saíam de nenhum dos terminais rodoviários, mas sim da Avenida Ipiranga.

Outra empresa, a Rápido Zefir, impetrou mandado de segurança para seguir operando na Luz e no Glicério. Não se trata de um deslocamento puro e simples no espaço, de sorte que possa a impetrante, no exíguo prazo de cinco dias, cumprir exigências que demandaria, para cumpri-las, não menos de um ano", argumentava a empresa no mandado, citando ainda que havia investido na compra de um imóvel próprio para sede nas imediações do terminal da Júlio Prestes.

As empresas concorrentes protestaram. "Enquanto os ônibus da Rápido Zefir partiam para Santos e São Vicente e voltavam à capital, lotados, as minhas 170 unidades faziam o percurso, nos dois sentidos, praticamente vazias", lamentou o superintendente da Ultra, que teve ônibus apreendidos na Luz e no Glicério por estar operando ali sem ordem judicial. "Em Santos, a Zefir tem divulgado ser ela a única empresa que traz o passageiro até o centro da cidade, evitando baldeações. Assim que os usuários tomaram conhecimento dessa informação, logicamente passaram a preterir a Ultra, cujo itinerário é igual ao da Zefir."O mandado da Zefir levou alguns meses para ser cassado.

Desde então, por sua fácil acessibilidade por todas as regiões da cidade (através do metrô) e por estar situado na região sul (mais próximo, assim, da costa), o terminal mantém a tradição de realizar apenas viagens curtas para o litoral sul paulista. A viagem mais longa atualmente é a com destino a Peruíbe, em um trajeto de 147,5 quilômetros. O terminal não atende a nenhum outro estado, assim como não faz viagens ao interior paulista. Ocupando 13,6 mil metros quadrados (12,1 mil metros quadrados de área construída), o terminal é utilizado por cinco empresas que realizam viagens com destino a SantosSão VicenteGuarujáPraia GrandeBertiogaVicente de CarvalhoCubatãoMongaguáItanhaém e Peruíbe. As viagens são distribuídas por dezenove plataformas de embarque e cinco de desembarque,utilizadas pelas empresas PiracicabanaCometa, Expresso Luxo, Rápido Brasil e Ultra.





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