Construído em 1858, o Casarão Japeri abrigava uma instalação operacional da SuperVia. No fim do ano passado, a empresa investiu R$ 2 milhões na restauração da construção, que aconteceu entre novembro de 2018 e outubro de 2019. O escopo da obra incluiu limpeza, descupinização, pintura, recuperação do telhado, reconstrução dos sanitários, renovação dos forros, piso externo e manutenção da fachada em técnica enxaimel. O Iphan acompanhou de perto o avanço das obras. Desde 2010, o prédio faz parte do Patrimônio Ferroviário do instituto.
Nas redes sociais, moradores de Japeri lamentaram o ocorrido.
''Fiquei arrasada! Ficou tão lindo, em Japeri é tudo muito mais difícil e acontece isso!'', lamentou uma internauta.
''Japeri não tem um dia de paz. Quando a gente pensa que o Casarão finalmente vai ser inaugurado, rola incêndio. Resta saber se foi criminoso ou não'', escreveu uma usuária do Twitter.
''Acordei com uma triste notícia: a estação de Japeri, que é reconhecida por sua grande história, teve um incêndio. Ficou tanto tempo sem reforma e não aconteceu nada, mas bastou reformar e veio o incêndio. Coincidência?'', questionou outro internauta.
''Estação de trem de Japeri, com 162 anos de existência, pega fogo. Que lástima.'', lamentou um morador.
História da estação Japeri
De acordo com o Iphan, especula-se que o inglês Edward Price tenha comandado as obras da estação de Japeri, considerada espinha dorsal do sistema ferroviário do Rio, executadas com materiais vindos da Europa. Chamada de Belém em 1858, a estação foi o primeiro trecho da Antiga Estrada de Ferro Dom Pedro II. Ela se conectava à estação Dom Pedro II, atual Central do Brasil, e em 1875 o trecho se expandiu até o estado de Minas Gerais. O trecho era usado, principalmente, para escoar o café do Vale do Paraíba e outros produtos agrícolas voltados para o comércio exterior.
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