A prefeitura de Itajaí lançou uma manifestação de interesse para sondar empresas privadas sobre a viabilidade de implantar um sistema de transporte coletivo 100% elétrico. O resultado da consulta pode levar à inclusão dessa especificidade no edital de concessão do transporte público, que está em fase de análise no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
São dois processos separados. Por enquanto, o edital analisado não traz nenhuma exigência específica sobre o tipo de ônibus a ser usado pela empresa que vencer a licitação. A manifestação de interesse corre em paralelo.
O município quer saber se há empresas com condições de fornecer ônibus elétricos suficientes para suprir a demanda. Além disso, questiona qual o tempo de abastecimento dos ônibus, e onde eles poderiam ser abastecidos. A ideia é que a empresa que ceder os ônibus ofereça uma fazenda de geração de energia solar, por exemplo, o que tornaria o transporte público ainda mais sustentável.
A ideia foi trazida pelo prefeito Volnei Morastoni (MDB) de Washington, nos Estados Unidos, onde ele participou, em janeiro, de uma conferência do Banco Mundial sobre mobilidade. No encontro, ficou claro que a tecnologia já evoluiu muito, e empresas na China e no Chile já estão operando sistemas de transporte público elétrico eficientes.
Os ônibus elétricos são têm uma operação mais econômica do que os ônibus comuns. Não fazem barulho, não gastam combustível fóssil, e não são poluentes. A implantação, em larga escala, poderá ser uma novidade no Brasil.
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