Quando encontramos alguma rua paulistana com resquícios de trilhos de bonde a nostalgia bate forte. Lembramos do tempo em que a cidade tinha o convívio entre três diferentes meios de transporte oferecidos pela Companhia Municipal de Transportes Coletivos, a CMTC: bondes, trólebus e ônibus.
Em benefício de um progresso que até hoje é difícil de explicar os prefeitos da década de 60 passaram a pregar forte contra o serviço de bonde, alegando que os mesmos eram obsoletos e davam problemas demais, quando na verdade o problema era a péssima manutenção que deixava o serviço de bondes deficitário.
Indo na contramão de inúmeras grandes cidades do mundo, em 1968 a Prefeitura de São Paulo acabou definitivamente com o serviço de bondes na cidade, encerrando a última linha existente na capital, o bonde de Santo Amaro. Era o fim da linha de um serviço que funcionava desde o final do século 19, com os bondes de tração animal e desde os primeiros anos do século 20 com os bondes eletrificados, trazidos pela Light.
Hoje, 4 décadas depois do fim dos bondes em São Paulo, muita gente ainda se pergunta porque acabaram com um serviço que até hoje é largamente utilizado em algumas das principais cidades da Europa com bastante eficiência. A resposta está no despreparo de nossos políticos para lidar com transporte coletivo, em um país que prioriza há décadas o transporte individual.
São imagens raramente vistas em cores dos nossos antigos bondes. Deixamos aqui um desafio aos nossos leitores: Quem consegue identificar os locais exatos onde os bondes estão nas fotografias 1, 2 e 3 e quem identifica a garagem da última foto. Vamos agitar os comentários pessoal!
A imagem, de 1985, mostra um ônibus elétrico da CMTC com destino ao Tucuruvi em plena Rua Mauá, ao lado da Estação da Luz. Observe que na época a Rua Mauá tinha um sentido oposto ao atual. Note também a propaganda do Shopping Center Norte na lateral do ônibus, o espaço de compras havia sido inaugurado em 1984.
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