Usuário quebra freio de trem e atrasa circulação no Metrô do Recife nesta terça, diz CBTU

Um ato de vandalismo em um trem atrasou a circulação e afetou o intervalo entre viagens no Metrô do Recife na manhã desta terça-feira (3). O problema ocorreu por volta das 6h40 e foi resolvido às 8h.

Segundo o gerente de Comunicação da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Salvino Gomes, um usuário teria dado um murro na soqueira (freio de emergência) de um trem na Estação Camaragibe, na Linha Centro, nesta manhã, o que impediu o fechamento das portas. Com isso, o veículo teve a partida atrasada, o que afetou todo o sistema. Cerca de 200 mil pessoas usam a Linha Centro diariamente.

O maquinista conseguiu restabelecer o trem por volta das 7h, segundo comunicado da CBTU. "Estamos rodando no limite, com intervalos de oito a 10 minutos no horário de pico. O trem não está saindo do lugar, e estamos aguardando a normalização", detalhou Salvino. Ainda segundo o gerente de Comunicação da CBTU, imagens do ato de vandalismo devem ser encaminhadas à polícia para a identificação e localização do responsável. 

Relatos de usuários enviados  são de atrasos e trens lotados. Na Estação Rodoviária, os intervalos chegam a até uma hora. A promotora de vendas, Rosivânia Neves, de 43 anos, trabalha no prédio da Prefeitura do Recife, no Bairro do Recife, área central da capital pernambucana, e vai chegar atrasada por causa do problema. "Estava na Estação Barro e esperei 40 minutos para conseguir entrar no metrô, foi a maior confusão. Estava lotado, um empurra-empurra. Para entrar tem que lutar com os outros", disse.

Esse incidente aconteceu poucas horas após nova parada no Metrô do Recife. Na noite dessa segunda (2), um trem teve um problema técnico na Estação Rodoviária. Segundo a CBTU, o veículo apresentou baixa pressão e ficou sem força para seguir viagem.

Tarifa
A tarifa do Metrô do Recife passa a custar R$ 4 neste sábado (7). Este é o último reajuste escalonado desde que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) autorizou a série de aumentos. Para Rosivânia, o aumento é absurdo. "É desumano esse aumento. Somos tratados feito bicho, parece que estamos numa lata de sardinha. Não tem melhoria nenhuma", reclamou.