quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

BRT opera este ano, confirma secretário



O aditivo contratual, explica, foi uma medida administrativa e não técnica. O secretário esclareceu que as obras começaram de forma sequencial em 2017



Prorrogação dos contratos realizada pela Administração Municipal não acarretará em atraso nas obras do BRT, afirma o presidente da Emdec



Apesar da Administração Municipal ter ampliado por nove meses o prazo de vigência de dois contratos com as empresas responsáveis pela implantação do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) na cidade, o secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, garante que o sistema de transporte será entregue até meados deste ano, como previsto.
O aditivo contratual, explica, foi uma medida administrativa e não técnica. O secretário esclareceu que as obras começaram de forma sequencial em 2017, e não conjunta. Porém, na fase final, acontece o contrário, os trabalhos devem terminar de forma conjunta, e não sequencial. Como exemplo, Barreiro citou o acabamento das estações. "Deixamos as etapas finais dos lotes para serem feitas a partir de março e abril deste ano", pontuou. "Não vou finalizar as estações para elas ficarem sem uso. Quero casar isso com o uso, que será no segundo semestre", justificou. Por isso, a necessidade de regular os prazos contratuais de todos os lotes.
Além disso, completou, após a finalização das obras, os contratos devem estar vigentes para o período de garantia e para o encerramento, até jurídico, do compromisso, que também demanda tempo. Em suma, prorrogar o contrato não significa atraso nas obras. "A conclusão física da obra é descolada da contratual", enfatizou. "Existe uma defasagem em torno de 60 dias. Ainda mais no nosso caso que são obras com recursos da União e por meio de financiamentos."
Um decreto assinado pelo secretário em 27 de dezembro de 2019 foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial. No termo aditivo, foi estendido o contrato entre o Município e o Consórcio BRT-Campinas, responsável pela elaboração de projeto executivo e execução das obras do Lote 1 do Trecho 1 dos Corredores Campo Grande e Perimetral. Esse trecho se inicia no Terminal do Mercado, segue pelo antigo leito do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) até a Estação Campos Elíseos. O acordo tem valor de cerca de R$ 88,9 milhões.
O outro ajuste foi no acordo com a Compec Galasso Engenharia e Construções, responsável pelo Lote 3 do Trecho 1 do Corredor Ouro Verde, que começa na Avenida João Jorge, na Vila Industrial, logo após o Viaduto Miguel Vicente Cury, e segue por toda a Avenida das Amoreiras até a Estação Campos Elíseos. Esse contrato foi pactuado em torno de R$ 66 milhões.
Ainda sobre os termos aditivos, Barreiro ressaltou que ambos se referem somente a prazo e não valores. "Em 5 de fevereiro, iremos entregar mais um trecho razoável no Corredor Ouro Verde", informou. O trecho tem aproximadamente 1,5 km de extensão e integra, inclusive, o Lote 3, citado no decreto.
É a maior obra pública em execução no Brasil
De acordo com a Emdec, a implantação dos corredores BRT é a maior obra de mobilidade urbana já realizada em Campinas e a maior obra pública em execução no Brasil. A autarquia estima que 450 mil pessoas, residentes nos distritos do Ouro Verde e Campo Grande, serão beneficiadas diretamente.
O BRT, composto por três corredores (Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral). Pelos corredores circularão ônibus biarticulados. O BRT terá um sistema operacional inteligente: os ônibus não se depararão com semáforos vermelhos.
O Corredor Ouro Verde terá 14,6 km de extensão, partindo do Terminal Central (Viaduto Miguel Vicente Cury) e seguindo pelas vias João Jorge, Amoreiras, Piracicaba, Ruy Rodriguez e Camucim até o Terminal Vida Nova.
Já o Corredor Campo Grande vai totalizar 17,9 km, iniciando nas proximidades do Terminal Mercado. Ele passará próximo ao Terminal Multimodal Ramos de Azevedo (Rodoviária de Campinas) e pelo leito desativado do antigo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), chegando à Estação Jardim Aurélia. A partir daí, seguirá pela Avenida John Boyd Dunlop até o Terminal Itajaí. Esses dois corredores serão interligados pelo Corredor Perimetral, de 4,1 km, que começará na futura Estação Campos Elíseos e continuará pelo leito desativado do VLT até a Vila Aurocan.



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