terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Prefeitura apresenta plano para o transporte público de Porto Alegre



Entre as cinco medidas, está a cobrança por km rodado de empresas de transporte por aplicativo e uma taxa para veículos com placas de outras cidades. Projetos serão levados à Câmara de Vereadores.




                                          Prefeitura apresenta plano para o transporte público de Porto Alegre


A Prefeitura de Porto Alegre apresentou na tarde desta segunda-feira (27) um plano para o transporte público e a mobilidade urbana da cidade. O objetivo é não aumentar o valor da passagem em 2020 e, ainda este ano, reduzir em R$ 1 a tarifa, caso as propostas sejam aprovadas.
São cinco medidas propostas pela prefeitura. Uma delas seria retirar do custo da passagem a taxa que vai para a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). As outras medidas seriam repassar os custos para as empresas do setor público e privado, para motoristas de outras cidades que circulam na capital, e para as empresas de transporte por aplicativo. Confira a relação:
  • Fim da taxa de gestão da Câmara de Compensação Tarifária (CCT): extingue os 3% da CCT destinados à EPTC
  • Tarifa de uso do sistema viário para os aplicativos (TUSV): cobrança de R$ 0,28 por quilômetro rodado das empresas de aplicativo, cujos recursos serão destinados totalmente para subsidiar a tarifa de ônibus
  • Tarifa de congestionamento urbano: cobrança de R$ 4,70 para veículos emplacados fora de Porto Alegre para entrar na cidade em dias úteis
  • Redução gradual de cobradores: desobriga a presença da função das 22h às 4h; em dias de passe livre, domingos e feriados; em linhas com número reduzido de passageiros; e em linhas alimentadoras — segundo a prefeitura, os profissionais serão capacitados para evoluir e atuar em outras funções nas próprias empresas onde já estão contratados (motorista, auxiliar administrativo, borracheiro, fiscal e abastecedor)
  • Taxa de Mobilidade Urbana (TMU): empresas não comprariam vale transporte, mas, sim, pagariam uma taxa por cada empregado

Segundo a prefeitura, 38% dos 1,47 milhões de porto-alegrenses utilizam transporte público. Porém, nos últimos três anos, 59 milhões de viagens a menos foram feitas e o diesel aumentou mais de 10% só no último ano. Estas foram algumas das razões para criação de um plano.
"O objetivo é tornar o transporte público mais acessível e mais barato para as pessoas que mais precisam", diz Rodrigo Tortoriello, secretário extraordinário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre.
Conforme o secretário adjunto, será tudo eletrônico. O motorista com placas de outras cidades comprará créditos, e uma câmera fará a leitura da placa e descontará os valores. O crédito dura o dia todo, autorizando o motorista a entrar e sair da cidade várias vezes com o mesmo valor, dentro do mesmo dia.
A medida busca, segundo ele, transferir o custo do serviço para os cerca de 70 mil veículos que circulam diariamente na Capital vindo de outras cidades.
"Se essas pessoas passarem a vir no transporte coletivo metropolitano, nós vamos ter uma melhoria no trânsito e, assim, também temos uma redução nos custos de viagem, porque os nossos ônibus vão ficar menos presos em congestionamentos, reduz o número de veículos e a gente tem uma melhoria na prestação de serviços", projeta Rodrigo.
Caso seja aprovada, segundo a estimativa feita pela prefeitura, em 2021, o trabalhador com carteira assinada teria passe livre, os passageiros em geral pagariam R$ 2 e os estudantes, R$ 1 a passagem.
Os projetos vão ser enviados para votação na Câmara de Vereadores, e a prefeitura está solicitando que as medidas sejam analisadas em sessão extraordinária.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

80 toneladas e 50 funcionários: entenda o transporte do 1º trem da Linha 17 do Metrô

  Primeira composição do trecho chegará da China a São Paulo com operação especial; veja as etapas Uma operação de grandes proporções foi mo...